Em encontro com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, na quarta-feira (24),o deputado Raul Lima (RR) cobrou maior atenção para os casos de validação de diplomas de estudantes brasileiros que estudam em outros países. O pessedista afirmou que a falta de médicos no interior dos estados vem causando calamidade na saúde pública, e que os formados no exterior se deparam com uma grande burocracia quando pretendem atuar no Brasil. “Precisamos primeiro resolver a questão dos brasileiros que estão estudando fora, para depois trazer os estrangeiros”, afirmou.
A ministra informou ao deputado que o governo federal promoverá uma “chamada internacional” de médicos para trabalhar no Brasil. “O Ministério da Saúde ficou com a tarefa de viabilizar juridicamente a ideia. Os prefeitos reclamam que não conseguem profissionais para atender na periferia das grandes cidades”, disse Ideli.
Lima defendeu a revalidação automática de diplomas, justificando que faltam médicos no Brasil e que a mão de obra formada em outros países poderia diminuir a suposta carência de profissionais. “O número de médicos para atender a nossa população, de quase 200 milhões de habitantes, é bem inferior ao de outros países”, reclamou o deputado. “Nós temos mais ou menos 1,6 mil médicos para um conjunto de cem mil habitantes, enquanto em países menos desenvolvidos há 2,4 mil médicos para o mesmo conjunto”, ressaltou.
Lima acredita que os profissionais formados na América Latina podem ser aproveitados na saúde básica. O parlamentar afirma que a resistência contra mudanças nos critérios para permitir a atuação de médicos formados no exterior baseia-se em argumentos corporativos. “No Brasil, temos 1,5 vagas para cada médico formado somente na rede pública. Por isso, mesmo oferecendo incentivos salariais, prefeitos e governadores não conseguem profissionais para atender nas periferias e nas cidades do interior”, concluiu.
Da Assessoria