A construção de uma barragem no município de Congonhas é uma medida eficaz para o abastecimento de água na região, opina a Deputado Raquel Muniz (MG). A obra, avaliada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) em mais de R$ 180 milhões, pode garantir segurança hídrica para Montes Claros e cidades da região pelos próximos 50 anos.
“As chuvas não repõem aquilo que já perdemos. Chega de carro-pipa e perfuração de poços artesianos que já não dão mais vazão. Precisamos de medidas sólidas e a barragem de Congonhas pode nos dar isso”, disse a Deputada.
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A Parlamentar pressiona o Dnocs para a inclusão do projeto no cronograma do ano que vem. Estudos do órgão revelam que a barragem levaria três anos para ser concluída. A barragem de Congonhas teria capacidade para armazenar 600 milhões de metros cúbicos de água.
Em audiência pública na Câmara, a promotora de Meio Ambiente de Montes Claros, Aluísia Beraldo Ribeiro, também defendeu o início imediato das obras. “O projeto é viável, embora já tenha sido licitado três vezes e retirado do orçamento do Estado. A retomada significa garantir o abastecimento de água para consumo humano pelas próximas décadas mesmo com a estiagem que enfrentamos ano a ano”, ponderou.
Pacuí eleva captação para 700 litros por segundo
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) já informou à comissão externa da Câmara que avalia a crise hídrica em Minas Gerais que vai buscar água no rio Pacuí para garantir o abastecimento em Montes Claros e região.
O ponto de captação fica a 56 quilômetros da cidade. A construção de uma nova adutora que vai percorrer o trecho custará R$ 135 milhões. Com mais de 400 mil habitantes, Montes Claros demanda 885 litros de água/segundo, mas a companhia consegue captar apenas 370 l/s no reservatório de Juramento. Com as obras no rio Pacuí, no entanto, a captação pode chegar a 700 l/s.