Preocupado com a qualidade da energia elétrica em certas regiões do Estado, o deputado Carlos Souza (PSD-AM) deseja que a aquisição e a implantação de subestações rebaixadoras de potências sejam motivo de uma audiência pública. Requerimento neste sentido foi aprovado na semana passada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara.
Tais equipamentos são necessários para manter o fornecimento de energia em níveis de qualidade adequados ao atendimento da oferta de energia transmitida pelo Linhão Tucuruí/Manaus.
Carlos Souza revela que há muita falta de informações, por isso a necessidade da audiência. “Apesar da proximidade da data de entrada em operação da interligação Tucuruí – Manaus, as populações dos municípios amazonenses, especialmente aquelas que integram a região metropolitana de Manaus, não dispõem de informações sobre a situação das obras”, afirmou.
Tais obras, explicou o parlamentar do PSD, estão a cargo do consórcio Manaus Transmissora de Energia e da Eletrobrás Amazonas Energia S/A, que precisam ser executadas para maximizar a disponibilização da energia transportada por esse sistema de transmissão aos diversos municípios do Estado.
Além dos representantes das empresas envolvidas diretamente com o sistema de energia elétrica, foram convidados os prefeitos dos municípios de Parintins; Urucará; São Sebastião do Uatumã; Itapiranga; Itacoatiara; Silves e Rio Preto da Eva.
Com investimentos estimados em cerca de três bilhões de reais, o sistema de transmissão é conhecido como Linhão de Tucuruí ou Interligação Tucuruí – Macapá – Manaus e se encontra em fase de implantação. Ele foi concebido para integrar o sistema elétrico das regiões de Manaus, Macapá, e os municípios situados à margem esquerda do Rio Amazonas, entre as capitais do Amazonas e do Amapá, ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
A interligação Tucuruí – Macapá – Manaus será composta por um circuito duplo, na tensão de 500 quilovolts (kV) entre a usina de Tucuruí e a região de Manaus, com subestações intermediárias em Anapu, Almeirim, Oriximiná e Silves.
O Amapá será interligado por uma linha de transmissão, também em circuito duplo, na tensão de 230 kV, a partir da subestação rebaixadora 500/230 kV Jurupari, localizada em Almeirim (PA). Haverá subestações em Laranjal do Jari e Macapá, no Estado.
“Os municípios da região que serão beneficiados com a energia elétrica confiável”, contou Carlos Souza, “sofrem com um suprimento de energia elétrica de baixa qualidade e também de confiabilidade. As populações, portanto, esperam com expectativa, a entrada em operação desse sistema de transmissão”.
Da Redação