Os deputados Eduardo Sciarra (PR) e Guilherme Campos (SP), líder e ex-líder do PSD, respectivamente, afastaram a possibilidade da liberação de emendas parlamentares pela presidente Dilma Rousseff alterar a posição do partido nas principais votações no Congresso Nacional. Na última terça-feira (30), o Planalto anunciou que vai liberar R$ 6 bilhões em emendas parlamentares até o fim do ano, abrindo espaço para especulações sobre a intenção da iniciativa.
Em entrevista ao jornal Gazeta do Povo (PR), Sciarra destacou que “as emendas são um compromisso que o governo assumiu com os deputados”. Ele adiantou que o partido seguirá independente e irá trabalhar para derrubar o veto de Dilma à proposta que acaba com a multa de 10% sobre o FGTS em casos de demissões sem justa causa.
Guilherme Campos seguiu a mesma linha e confirmou que a legenda não irá desistir pela extinção da cobrança adicional do FGTS. “Vamos fazer corpo a corpo para manter o que já foi decidido. Querem transformar o provisório em imposto definitivo?”, questionou o parlamentar ao jornal O Globo.k
Os parlamentares esperam ainda que o Congresso mantenha sua posição e vote favoravelmente ao orçamento impositivo, que obrigaria o governo a liberar o pagamento das emendas parlamentares, despesas indicadas por deputados e senadores no Orçamento da União.
A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2013 prevê um total de R$ 8,9 bilhões em emendas, mas, até agora, a maior parte dos recursos não foram executados. “Quando esses compromissos não são cumpridos, o clima político fica muito ruim para todo mundo porque há uma frustração de expectativa”, analisou Sciarra.
Luís Lourenço