O senador Sérgio Petecão (AC) lamentou o desfecho obtido com a votação da PEC dos soldados da borracha, nessa quarta-feira (2), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Ele disse que esperava a elaboração de uma proposta mais justa por parte do Senado, uma vez que a Câmara aprovou um texto que não contemplou as expectativas dos soldados. “Confesso que acreditei que conseguiríamos apresentar algo mais justo e lutei por isso. Mas, com a aprovação de hoje, infelizmente os nossos soldados foram derrotados mais uma vez pelo governo”.
Durante a apreciação do projeto, Petecão apelou para que o relator não abrisse mão da proposta que beneficiaria os soldados da borracha com o pagamento de pensão mensal vitalícia de R$ 3.789 mil – valor equivalente ao ganho de um primeiro-sargento das Forças Armadas –, mais abono de R$ 25 mil e a vinculação da pensão ao reajuste do salário mínimo.
“Não ceda! Vamos defender a proposta inicial, aquela que percebemos que seria a melhor opção para a classe. Vamos votar a alternativa que chega mais próximo aos interesses dos nossos heróis da borracha”, defendeu.
No entanto, o governo federal não acatou a iniciativa e o parecer aprovado garantiu pensão de apenas dois salários mínimos e abono.
Após a votação, Petecão usou o plenário para esclarecer o caso. “Deixamos de aprovar um projeto que ia ao encontro dos interesses da maioria dos soldados. Foram 12 anos de intenso debate. Fiquei muito triste porque criamos a expectativa de resolver a situação da forma mais adequada e digna às demandas dos soldados da borracha, mas isso não aconteceu”.
Da Assessoria