Deputados da bancada pessedista se manifestaram nesta segunda-feira (11) durante os debates que antecedem a votação do relatório final da comissão especial que analisa o impeachment. Cada partido teve direito a indicar seus parlamentares para falar contra e a favor o impedimento. O deputado Marcos Montes (MG), disse que, para ele, está claro que a presidente cometeu crime de responsabilidade por meio das pedaladas fiscais e pela edição de decretos não numerados.
“É preciso um recomeço. O povo está pedindo isso nas ruas. É um conjunto da obra como um todo. Vivemos uma crise política, social e econômica que não pode recair sobre as futuras gerações. A bancada ligada ao agronegócio votará em peso pelo impeachment da presidente Dilma”, observou.
Já o deputado Paulo Magalhães (BA) saiu em defesa do governo e disse que não há provas que fundamentam o impeachment da petista. “Esta Casa e o povo estão sendo vítimas da política. Num momento de denuncismo, nenhuma delação premiada citou a presidente Dilma Rousseff. É uma violência contra a Constituição.”
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, se manifestou pela segunda vez na comissão especial. Ele voltou a defender a permanência da presidente no cargo e reafirmou que o impeachment, nos moldes atuais, não passa de “golpe político”.
VOTAÇÃO
Mais cedo, o deputado Rogério Rosso (DF), presidente da comissão especial do impeachment, respondeu às questões de ordem. O parlamentar indeferiu pedido do deputado Alex Manente (PPS-SP) que pedia votação nominal do relatório.
Rosso argumentou que a votação se daria pelo painel eletrônico, como manda o Regime Interno da Câmara para esta situação em especial. O pessedista também decidiu sobre a votação dos suplentes no lugar dos titulares. Na ausência de um deputado que faz parte de bloco partidário, a suplência é preenchida por indicação do bloco, e não do partido do titular.
Renan Bortoletto