A formação de jovens talentos do futebol de base no Brasil foi tema de audiência pública realizada na Comissão do Esporte, nesta quarta-feira (8). Durante os debates o deputado da bancada pessedista, Danrlei de Deus (RS) – que foi jogador profissional – defendeu a criação de leis que protejam os clubes brasileiros da perda precoce de jovens talentos.
Para Danrlei, as categorias de base são o início profissional de talentosos atletas e é preciso investir em educação para a formação completa desses jovens. “Que nenhum atleta possa sair do país sem ter o ensino médio concluído. Com isso asseguramos os atletas até os 16 anos no Brasil. Precisamos blindar os clubes e a única forma é com leis”, defendeu o parlamentar.
Segundo Danrlei, a perda de jovens talentos para clubes estrangeiros representa um retrocesso para o esporte no país. “Todo mundo critica que o Brasil perdeu de 7 a 1 e diz que o país não possui mais talentos. Temos sim. Só que essa matéria prima tem que ficar no país até ser lapidada por inteiro. Essa Casa tem capacidade de evitar que esses atletas saiam cedo do país e isso fará os clubes serem incentivados a manter as categorias de base”, enfatizou.
LEI PELÉ
O deputado Goulart (SP), que também participou dos debates, acredita que se a Lei Pelé (9615/98) não for alterada o país vai perder vários talentos. “Infelizmente quando a lei foi criada, ela beneficiou somente os grandes craques. A burocracia na legislação prejudica os jovens atletas e desestimula os clubes a investirem nos jovem. Se não mudarmos a legislação, futuros ídolos deixarão de existir. Mas nós vamos mudar isso”.
A audiência pública contou com a presença do representante da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Erasmo Damiani, e dos coordenadores do futebol de base do Corinthians, Palmeiras, Fluminense, Santos, Vasco, Atlético Paranaense e do Vitória Da Bahia.
Diane Lourenço