O deputado Joaquim Passarinho (PA) falou sobre os convocados para depor na CPI que investiga irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), nesta quinta-feira (19). “Essas pessoas estão envolvidas e foram condenadas. O silêncio deles simboliza o medo de não se prejudicarem ainda mais. Mas, este colegiado não formula seu relatório baseado apenas em oitivas, temos a prerrogativa para pedir a quebra de sigilo fiscal, telefônico e bancário”, disse.
Munidos de habeas corpus, o ex-conselheiros do Carf, José Ricardo da Silva, seu sócio Eduardo Gonçalves e o lobista Halysson Carvalho permaneceram calados durante toda a audiência e não responderam aos questionamentos dos parlamentares.
Embora insatisfeito, Passarinho reforça que vai continuar atuando para que crimes dentro do conselho sejam solucionados. “Eles não estavam roubando o Carf ou o Governo e, sim, o cidadão que paga seus impostos com dificuldade. O que queremos saber não é só quem operou, mas quem são os beneficiários. Precisamos recuperar esses recursos e devolvê-los.”
Segundo investigação da Polícia Federal e do Ministério Público sobre irregularidades no Carf, noticiada na imprensa, o simples ato de protelar a deliberação de um processo no órgão custava cerca de R$ 50 mil. Os dados foram apurados dentro da Operação Zelotes que investiga, entre outros crimes, a compra e venda de medidas provisórias para beneficiar diferentes setores.
Carola Ribeiro