Parlamentares defendem permanência de centro de pesquisas da Embrapa no DF

Deputado Moreira Mendes (RO) - Foto: Cláudio Araújo

Parlamentares do partido posicionaram-se contra o projeto do Distrito Federal que transforma em zona urbana área atualmente utilizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os parlamentares foram unânimes ao afirmar que o governo do DF precisa encontrar outra área para construção de moradias. O debate aconteceu, nesta terça-feira (22), em audiência pública das comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI).

O líder do partido, deputado Moreira Mendes (RO), ressaltou a importância da instituição que há 39 anos realiza pesquisa agropecuária na área. “O avanço que tivemos na agricultura e pecuária brasileira só foi possível depois das pesquisas realizadas pela Embrapa Cerrados. Não cabe na minha cabeça desmanchar uma coisa que está dando certo para outra que está só no papel. É preciso dar moradia para quem não tem mas, para isso, existem outras áreas livres no DF”, justificou.

O deputado Reinhold Stephanes (PR) questionou a falta de estudo de viabilidade prévia para justificar a possibilidade de retirar a Embrapa do local. “Como se faz um projeto em cima de uma área que é ocupada com uma função nobre e difícil de alterar o curso como é a pesquisa agropecuária?”. Segundo ele, a empresa deveria ser “patrimônio mundial pelo que representa na agricultura tropical do mundo”.

O deputado Junji Abe (SP) afirmou que o serviço desenvolvido pela Embrapa pode ser prejudicado pela mudança. “Esse projeto urbano ainda está no papel. Não é justo que uma obra que vai iniciar prejudique o que já está consolidado”. O deputado Roberto Dorner (MT) também afirmou que o governo do Distrito Federal deve buscar outros locais para abrigar moradias. “Não somos contra a criação de casas para quem não tem. Só não podemos admitir que uma empresa que presta importante e necessário serviço à comunidade seja prejudicada com essa decisão”, concluiu.

Jaque Bassetto

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