Os deputados federais sergipanos Fábio Mitidieri (PSD), Fábio Henrique (PDT) e Fábio Reis (MDB) protocolaram nesta quarta-feira (16) o pedido de abertura de CPI para investigar as companhias aéreas brasileiras. O trio concorda que, no cenário atual, há uma prática abusiva das empresas, que encarecem a cada dia os preços das passagens e dos serviços para o consumidor. Em apoio á CPI, 182 182 parlamentares assinaram o pedido. Eram necessárias 151 assinaturas para que o documento fosse protocolado.
Segundo Fábio Mitidieri, a ideia surgiu porque estava ficando cada vez mais caro viajar de avião no país. “Paga-se pela passagem, que não é barata, para marcar assento, para despachar bagagem, pelo wi-fi, pelo lanche, e isso tudo deixa o custo de viajar lá no alto”, disse Mitidieri. “E toda vez que começam uma cobrança nova, justificam dizendo que o preço do bilhete vai ficar mais barato, mas a gente só vê o preço aumentar”, completou.
Fábio Reis foi além e questionou a baixa quantidade de opções de voo, principalmente para o Norte e Nordeste. “Nós, que somos do estado de Sergipe, sofremos semanalmente para encontrar voos viáveis para realizar nossos trabalhos na Câmara”, disse ao se referir à pouca disponibilidade de bilhetes diretos entre Aracaju e Brasília. Mitidieri corroborou com Reis. “A opções de voo direto são poucas e em horários nada confortáveis”, acrescentou.
Mitidieri também questionou a forma como os preços são formados e a quantidade de opções oferecidas pelas companhias. “A gente entra em uma companhia e vê um preço. Vai na outra companhia, e é o mesmo preço. Só quem sai prejudicado é o consumidor”, observou. E ganhou apoio de Fábio Henrique. “A CPI tem como objetivo investigar, sobretudo, a formação dos preços, o porquê mesmo com cobrança das bagagens não houve redução, e por que, por exemplo, cidades como a nossa querida Aracaju são tão prejudicadas com a pouca quantidade de voos e com preços elevadíssimos”, explicou Fábio Henrique.
O pedido agora passará pela checagem das assinaturas e, confirmado o número mínimo de apoio de deputados, passa a depender da Secretaria Geral da Câmara. Atualmente, há duas CPIs em funcionamento, e, segundo o regimento, cinco podem funcionar ao mesmo tempo por legislatura. “Dependemos agora da articulação com o presidente Rodrigo Maia para que seja instalada”, explicou Mitidieri.
Assessoria de comunicação do deputado