Da Redação
O uso de arma de eletrochoque, conhecida como Taser, será proibido em todo o Brasil. Isso caso o Projeto de Lei 3599/12, de autoria do deputado federal Onofre Santo Agostini (PSD/SC) seja aprovado.
Este tipo de arma, classificada como não letal, tem causado polêmica. No dia 18 de março, o estudante brasileiro Roberto Curti, de 21 anos, foi morto por policiais em Sydney, na Austrália, após receber choques com a arma. No dia 26 de março, em Florianópolis, Carlos Barbosa Meldola, de 33 anos, morreu após ser atingido por um tiro de Taser da polícia local.
O autor da proposta afirma que teme que estes casos continuem a acontecer no país e que ações como essas se repitam durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Não é possível autoridades policiais utilizarem esse tipo de arma como não letal para imobilizar pessoas. Já está mais do que provado que a Taser mata”, afirma Onofre Agostini, que completa: “Para evitar tumultos, controlar brigas deveria ser usado como prioridade outros equipamentos de segurança, como por exemplo, spray de pimenta, bala de borracha, bomba de efeito moral, gás lacrimogêneo e não armas letais como essa taser”.
De acordo com relatório da ONG Anistia Internacional, entre 2001 e o início deste ano, mais de 500 pessoas morreram apenas nos Estados Unidos em decorrência de choques elétricos desferidos por policiais e outros agentes de segurança. A arma desfere uma carga de cerca de 50 mil volts, que paralisa o sistema nervoso, deixando o indivíduo desacordado por alguns segundos e imóvel por algum tempo.