O número de brasileiros residindo no exterior atingiu, em 2014, a marca de 2,5 milhões. Os números do Itamaraty alarmaram parlamentares da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), que organizaram, nesta quarta-feira (30), o seminário “Migração e Cidadania”, para debater e discutir a atuação do Ministério das Relações Exteriores no monitoramento de imigrantes.
O deputado Hugo Napoleão (PI) exaltou o trabalho da Pasta. O parlamentar, que coordenou mesa sobre plano de ações do governo para brasileiros no exterior, afirmou que o Itamaraty possui trabalho diferenciado para garantir os direitos dos cidadãos. Ele citou o envio de alimentos, o serviço consular e a ajuda a feridos como as principais ações. “É um momento especial de debates e reflexões de um tema relevante que tem reivindicado de nós legisladores um novo olhar para garantir o atendimento à nossa sociedade fora do país”, disse.
O trabalho foi confirmado pela ministra Luiza Lopes da Silva, diretora do Departamento Consular de Brasileiros no Exterior. Ela explicou que a ajuda a imigrantes é realizada, majoritariamente, por ações unilaterais do governo brasileiro. “A maior parte das demandas que os brasileiros tem lá fora é um trabalho nosso. Não há apoio dos governos internacionais. Com o tempo, quem sabe, consigamos parcerias. Mas é um dever de casa que fazemos”, ponderou.
O embaixador Oto Agripino Maia, ex-Secretário da Subsecretaria-geral das Comunidades Brasileiras no Exterior, explicou que o governo brasileiro percebeu a importância de monitorar sua comunidade no exterior apenas na década de 90. “Foi quando percebemos que não tínhamos apenas migração”.
Luís Lourenço