Moreira Mendes defende uso de gás no agronegócio

Deputado Moreira Mendes (RO) - Foto: Cláudio Araújo

O deputado Moreira Mendes (RO), vice-líder do PSD, afirmou que falta conhecimento sobre os usos potenciais do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) no agronegócio. O assunto foi abordado, nessa terça-feira (24), em audiência pública proposta pelo parlamentar na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR).

Segundo Mendes, cada vez mais o GLP apresenta-se como a melhor opção para diversos setores da economia brasileira. “Estudos comprovam que é uma fonte limpa de energia e que provoca menor impacto ao meio ambiente em relação aos demais combustíveis”, ressaltou.

Para ele, o uso deve ir além do cozimento de alimentos e aquecimento de água para o banho. “No agronegócio o gás pode ser utilizado para aquecimento de ambientes e higienização de áreas de criação de aves e suínos, chamuscagem de pele animal, combate a pragas e ervas daninhas nas plantações, controle de temperatura das estufas de plantas, flores e frutas, dentre muitas outras funções”.

O parlamentar destacou que a Lei 8176/91 exclui e criminaliza o uso do gás para algumas atividades, inclusive do agronegócio. “Isso foi feito em um momento de crise mundial. O problema já foi estabilizado e no Brasil não foi diferente. Não há mais restrição, mas esqueceram de mudar a Lei. Precisamos permitir que o GLP possa ser usado para outras finalidades além de no botijão de cozinha”, justificou. Atualmente, o uso do combustível não é permitido em motores à combustão, geradores, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas.

Mendes lembrou também que a participação do Brasil na matriz energética ainda é discreta, distanciando o País de mercados como dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Canadá e Japão, que já utilizam o gás em diversas funções de suas atividades econômicas.

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), 75% do GLP consumido hoje no Brasil é para uso doméstico. Ainda segundo a agência, a liberação do GLP para outros usos seria viável, do ponto de vista de abastecimento, somente a partir de 2018.

Jaque Bassetto

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