Criada para debater a regulamentação das Artes Marciais Mistas (MMA) no Brasil, a Subcomissão Especial para o assunto, ligada a Comissão do Esporte, realizou nesta terça-feira (18), uma audiência pública para ouvir profissionais que atuam na área. O presidente do colegiado, Fábio Mitidieri (SE), destacou que a intenção do colegiado não é interferir nas regras da luta, mas criar uma regulação para as competições e a promoção desta prática esportiva.
Para Mitidieri, essa regulamentação exige a rediscussão da Lei Pelé e outras questões que envolvem o esporte. “É um esporte em ascensão e é o que mais cresce no Brasil. Mas o grande cerne da questão é a necessidade da reformulação da Lei Pelé, que é muito voltada para o futebol; de adaptações do estatuto do torcedor; além da preservação da saúde e integridade do atleta.”
O presidente da Comissão Atlética Brasileira de Artes Marciais Mistas (CABMMA), Rafael Thomas Favetti, destacou pontos como a saúde do atleta e a imparcialidade da arbitragem. “O cuidado com o atleta talvez seja uma das principais questões para este que é um esporte de contato. Por isso a saúde vem em primeiro lugar. A ideia é realizar exames antes e depois das lutas dos atletas profissionais e amadores.”
Membro do Departamento de Análise dos Atos Normativos da Advocacia-Geral da União (AGU), Pitágoras Dytz, reforçou que a modalidade precisa de fomento do estado. “Ao mesmo tempo que tem que promover a prática, o estado precisa fazer parcerias com entidades do setor, mas também é preciso regular os limites.”
Também participaram dos debates o comentarista esportivo do Canal Combate, Carlos Eduardo Barreto Dos Santos e o consultor do UFC Brasil (Ultimate Fighting Championship), Guilherme Farhat.
Diane Lourenço