A realidade do desporto escolar no Brasil foi tema de audiência pública, nesta quarta-feira (15), na Comissão de Esporte. O deputado Fábio Mitidieri (SE), que solicitou o debate, disse que a prática de qualquer modalidade esportiva proporciona o desenvolvimento dos alunos e promove a inclusão social.
“Por isso a importância deste debate. Queríamos saber qual o nível do investimento feito pelo Ministério do Esporte no desporto escolar. A presença da Confederação do Desporto Escolar elucidou isso. Agora, vamos fomentar nosso trabalho, apresentar projetos que possam ampliar e melhorar essa realidade”, explicou.
O deputado Evandro Roman (PR) compartilha da opinião de Mitidieri ao afirmar que o esporte começa na escola. “Porque tratamos o esporte escolar com tanto carinho? No Brasil existe investimento. A falta não é de recursos e, sim, de metodologia. Temos que saber onde queremos chegar e focar nesses objetivos. Se isso não for feito, tudo será apenas paliativo”, justificou.
Antônio Hora Filho, presidente da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), afirmou que a Lei Agnelo Piva determina o financiamento do desporto no Brasil. Segundo ele, os recursos seguem diretamente para a Confederação Brasileira de Clubes (CBC) e os comitês Olímpico Brasileiro (COB) e Paralímpico Brasileiro (CPB). “Essas entidades destinam, de acordo com o artigo 29 da lei, 10% desses recursos ao desporto escolar.”
Hora Filho defendeu a unificação de forças do Ministério do Esporte, CBDE e COB para garantir investimentos ainda mais efetivos na área. “Se essas três instâncias conseguirem elaborar um projeto conjunto será possível otimizar o investimento público e transformar a realidade de democratizar e popularizar a prática esportiva dentro das escolas.”
Jaque Bassetto