O líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), questionou, nesta quinta-feira (12), o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante oitiva na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, sobre os danos causados à imagem da estatal e sobre o atual sistema de licitação. Rosso também afirmou que o presidente deu, ao prestar o depoimento voluntário à CPI, o exemplo que deve ser seguido pelos demais colegas.
O pessedista questionou ao presidente da Câmara se o sistema de licitação é suficientemente transparente para proteger o erário e o que ele faria, caso fosse presidente da Petrobras, para reparar os danos à imagem da estatal. “Precisamos resgatar a credibilidade da Petrobras tanto no país, para os brasileiros, quando para os estrangeiros. É a nossa maior empresa”, apontou o líder.
Em reposta, Cunha afirmou que o esquema de corrupção na estatal deu-se pela mudança na Lei de Licitações, ainda na época do governo do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Respondeu ainda que, como presidente da Petrobras, teria trocado o corpo diretor como já foi feito.
Integrante da comissão, Silas Câmara (AM), afirmou que as declarações de Cunha foram suficientes para sanar qualquer dúvida sobre a possível participação nos desvios de verbas da Petrobras. “De forma bastante objetiva e focada, Eduardo Cunha se defendeu contra os supostos argumentos que o procurador usou para colocar seu nome no inquérito.”
O presidente da Câmara se ofereceu para comparecer à CPI espontaneamente, depois que seu nome apareceu na lista de políticos que, segundo o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deveriam ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na operação Lava-Jato.
Também estiveram presentes na reunião os deputados Paulo Magalhães (BA), vice-líder do PSD, e José Carlos Araújo (BA).
Renata Guimarães