O líder do partido, Rogério Rosso (DF), desabafou hoje (14), durante a sessão da Câmara dos Deputados, sobre a postura do relator da Medida Provisória 664/2015 – que altera as regras para a concessão de pensão por morte e auxílio-doença, Carlos Zarattini (PT/SP).
“Ouvi aqui, ontem, que o PCdoB foi desleal ao governo. Não foi porque desde o início se posicionou contra a medida. Ouvi que PDT foi desleal e não foi porque o seu líder e seus deputados desde o início se posicionaram. E o que foi desleal? Foi a posição do PCdoB ou do PDT? Ou a posição do relator, na calada, na surdina, que aos 45 do segundo tempo, votou contra o governo e favorável à emenda do deputado Arnaldo Faria de Sá”, disse Rosso, em referência ao destaque aprovado que muda as regras do chamado fator previdenciário.
Pela proposta de Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), a aposentadoria integral passa a ser concedida para mulheres que somarem 85 anos de idade já somados os anos de contribuição, e para os homens quando a soma dos dois fatores chegar a 95.
O líder informou que o partido é a favor da extinção do fator previdenciário e que havia uma promessa do ministro da Previdência, Carlos Gabas, de que a medida seria analisada em votação desvinculada do ajuste fiscal. “Estou em um mix de decepção e reflexão. Poderia hoje, no calor da emoção, liberar a bancada. Não o farei porque tenho convicção de que o ajuste fiscal está acima de qualquer golpe regimental.”
Rosso finalizou o discurso pedindo a bancada da legenda para votar o ajuste em nome do povo brasileiro. “Estamos engolindo o ajuste fiscal porque, acima de tudo, estão os interesses da sociedade e o compromisso que nós temos com os eleitores do Brasil”, finalizou.
Confira a íntegra do discurso: