O deputado Junji Abe (SP) sugeriu ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a realização de campanha de esclarecimento sobre os cuidados a serem observados no manuseio do forno de micro-ondas para aquecer água e outros líquidos. A proposta consta da indicação 4748/13 apresentada pelo parlamentar com a finalidade de orientar a população a prevenir acidentes decorrentes da falta de informação ou desconhecimento das recomendações contidas no respectivo manual de instruções.
“É sabido que as pessoas não têm o hábito de ler o manual de instruções. Portanto, embora o documento traga orientações sobre procedimentos a serem adotados no uso do micro-ondas, a maioria não faz a leitura e fica exposta a riscos de acidentes”, justificou o deputado. Ele fez a proposta ao ministro baseado num relato que circula na internet sobre a ocorrência de graves queimaduras causadas depois da retirada de uma xícara de água do equipamento.
O deputado observou que um líquido superaquecido, removido do micro-ondas, pode sofrer uma brusca transformação para o estado de vapor. “Ao retirar, por exemplo, uma xícara de água que ficou muito tempo a aquecer no equipamento, parte do líquido tende a passar a vapor, de forma explosiva, podendo causar queimaduras”, evidenciou Junji, com a ressalva de que a maioria dos aparelhos atuais tem um prato giratório capaz de evitar o superaquecimento.
Além disso, ponderou o parlamentar, os fabricantes recomendam que quaisquer alimentos e líquidos aquecidos em fornos de micro-ondas sejam deixados “em descanso” por vários segundos antes de serem tocados. O procedimento visa homogeneizar a temperatura. Também é boa precaução, colocar no utensílio com água ou outro líquido, a ser aquecido no micro-ondas, um sachê de chá ou um palito de madeira. Igualmente importante, completou, é evitar a utilização de recipientes plásticos que, aquecidos no equipamento, podem liberar substâncias tóxicas ou cancerígenas. “Ocorre que as pessoas, em geral, não leem essas instruções”, alertou Junji.
“Pode até ser que seja mais uma lenda da internet. Por via das dúvidas, num país como o nosso, onde o sistema público de saúde é caótico e a educação é lamentavelmente precária, precisamos reforçar a prevenção, neutralizando tanto quanto possível os riscos de acidentes”, defendeu Junji, ao pedir ao ministro da Saúde que realize campanha de esclarecimento sobre o assunto.
Da Assessoria