Crítico ferrenho da falta de assistência técnica e extensão rural, o deputado Junji Abe (SP) comemorou a aprovação pela Câmara, na última terça-feira (1º), do projeto de Lei 5740/2013, que cria a Anater – Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural.
“Antes tarde do que nunca, o Brasil dá um passo efetivo para prover assistência técnica e extensão rural aos produtores, principalmente os míni, pequenos e médios, que sofrem com a falta de orientações, de acesso a inovações, novos métodos de manejo e tecnologias”, disse.
Dados do Censo Agropecuário (2006) mostram que o Brasil tinha 5,2 milhões de propriedades rurais, mas apenas 983 mil usavam alta tecnologia. Segundo ele, a reversão do quadro, a partir da democratização do acesso às informações passa, obrigatoriamente, pela criação de um órgão público especializado em orientar os produtores e levar conhecimento ao campo. Junji é defensor da causa desde o primeiro mandato na Casa, em 2011.
Junji destaca que a principal novidade no relatório é a atribuição de prioridade para a assistência, pesquisa e extensão direcionadas aos agricultores e empreendedores familiares e aos médios produtores rurais. “Ao contrário dos grandes, eles não dispõem de estrutura própria para serviços do gênero, ficando órfãos no campo”, justificou o deputado que é presidente da Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutiflorigranjeiros.
Apresentado pelo Executivo no mês passado, a proposta deve aumentar o acesso de agricultores às tecnologias e, consequentemente, à produtividade e à renda. “O Brasil tem condições de corrigir falhas crassas que afetam o cultivo e comprometem a produtividade, além de engolir o faturamento do pequeno produtor, por conta de desperdícios, por exemplo, na aplicação de corretivo de solo e fertilizantes”, observou Junji.
A matéria será enviada para análise do Senado.
Da Assessoria