O deputado federal Junji Abe (SP), está otimista com os resultados do acordo firmado entre a OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras, o MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário, e a Apex-Brasil – Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos. Juntas, as instituições investirão pelo menos R$ 2,3 milhões para desenvolver ações de promoção comercial no mercado externo, com a finalidade de ampliar as exportações brasileiras de produtos lácteos em cerca de 30% nos próximos dois anos.
Segundo Junji, as três instituições atuarão na execução do Projeto Setorial de Exportações de Produtos Lácteos, que também prevê missões de prospecção de negócios e parcerias em países como Angola, Arábia Saudita, Argélia, Emirados Árabes, Venezuela, China, Iraque e Egito. “Estamos vigilantes no andamento deste trabalho, assim como no desenrolar das ações para combater as importações abusivas de itens lácteos, que ameaçam a sobrevivência dos produtores brasileiros, principalmente, os míni, familiares e pequenos pecuaristas de leite do Vale do Paraíba e outras bacias leiteiras do Estado de São Paulo”, pontuou o parlamentar que também é membro titular da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Subleite e da Subcomissão Permanente do Leite, ambas da Câmara Federal.
“A pecuária de leite no Brasil é invejável, se comparada com a estrutura de outros países. A cadeia produtiva sofre apenas com um pecado: a insensibilidade do poder público”, arremessou Junji, profundo conhecedor do segmento e ardoroso defensor de políticas públicas adequadas aos míni e pequenos produtores brasileiros de itens agrícolas, que não se enquadram nos critérios da agricultura familiar e nem englobam culturas de extensão, responsáveis pelas commodities.
Compartilhando da opinião de Junji, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas disse que “o Brasil pode muito mais do que tem feito no setor de leite”. Durante a cerimônia de assinatura do convênio, nesta quinta-feira (21/02/2013), ele afirmou que o País “pode ser uma plataforma exportadora não só dos produtos lácteos, mas também da nossa inteligência na área de produção e regulação”.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, manifestou sua fé no sucesso da jornada, ancorada na experiência da Apex. “O leite tem uma enorme importância para o mundo e também para a agricultura familiar. Queremos chegar lá e vamos chegar!”. O secretário Nacional da Agricultura Familiar, Valter Bianchini, fez coro à manifestação, acrescentando que os rendimentos do processo virão de uma forte rede de parcerias para melhorar a qualidade do produto, os apoios e as parcerias com as cooperativas. Ele também enalteceu o papel dos deputados no fortalecimento da cadeia produtiva do leite.
Vargas lembrou que, até 2008, o Brasil exportava. Entretanto, perdeu mercado e hoje importa. “Estamos importando de forma abusiva e desnecessária, em detrimento de pequenos produtores e dos mais de 4 milhões de empregos gerados pelo setor leiteiro”, completou Junji, signatário da denúncia pública apresentada pela Subleite, no final do ano passado. No dia anterior ao lançamento do acordo (quarta-feira, 20/02), o parlamentar também esteve com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, para cobrar atuação incisiva do Ministério na suspensão das importações predatórias de leite e derivados.
Também participaram da cerimônia de assinatura do convênio, realizada na sala de reuniões do Incra – Instituto de Colonização e Reforma Agrária, o presidente da Capadr, Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), e os deputados Domingos Sávio (PSDB-MG) e Alceu Moreira (PMDB-RS), respectivamente presidente e vice-presidente da Subleite, entre outras autoridades, lideranças e congressistas.
Da Assessoria