O deputado José Humberto (MG), relator do estudo sobre capital empreendedor do Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara, afirmou que o Brasil está 50 anos atrasado em relação aos maiores mercados do mundo, ao tratar das alternativas para ampliação dos investimentos em empresas inovadoras. O grupo discutiu, nesta quarta-feira (20), as possibilidades de desenvolvimento do investidor-anjo.
O parlamentar acredita na necessidade de uma mudança cultural, destacando que, além do empreendedorismo, é necessária a capitalização de negócios inovadores. “Os brasileiros ainda não têm a cultura dos verdadeiros mecanismos do capitalismo que aproveitam boas ideias e negócios para criar grandes empresas multinacionais”, justificou.
O encontro contou com a exposição de Antônio Botelho, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj). Segundo ele, a categoria do investidor-anjo engloba pessoas físicas que investem em pequenas empresas com grande potencial de crescimento, esperando ter um retorno expressivo quando essa participação é vendida. “Ele aporta não só o capital financeiro, mas também a sua rede de relacionamentos e toda a sua experiência profissional e tecnológica”, explicou.
O expositor lembrou que, no Brasil, essa modalidade ainda é embrionária, com poucos investidores-anjo ou grupos desses investidores. “Na Europa, são cerca de 400 grupos; nos Estados Unidos, são mais de 3 mil, com cerca de 80 mil investimentos ao ano. No Brasil, estimamos que, anualmente, são feitos no máximo de 10 a 15 investimentos-anjo, concluiu.
Da Assessoria