Deputado Joaquim Passarinho (PA) – Foto: Cláudio Araújo
O deputado Joaquim Passarinho (PA), vice-líder do PSD, defendeu a necessidade de a Petrobras superar os problemas ocasionados com as investigações da Operação Lava-Jato para que a indústria naval saia da crise. Passarinho é membro da Comissão de Minas e Energia (CME) que convocou audiência, nesta quarta-feira (5), para ouvir o ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante sobre a queda nas atividades do setor.
Dados apresentados à comissão dão conta de que, só em janeiro deste ano, foram cortados três mil postos na indústria naval. Os números também revelam que estaleiros que têm contratos com a Sete Brasil, empresa criada para gerenciar a construção das sondas a serem usadas na exploração do pré-sal, têm cerca de R$ 2 bilhões para receber em atrasados.
“O que nós precisamos é parar de sangrar a Petrobras. Ela é a grande impulsionadora de todo esse mercado, é o grande consumidor de sondas, de embarcações. Se a Petrobras volta ao seu ritmo normal de trabalho, de produção, de excelência, que ela sempre teve, vamos superar a crise. Porém ela não para de sangrar. A gente não para de descobrir coisas novas sobre a Petrobras e nós precisamos virar essa página”, afirmou Joaquim Passarinho.
O deputado observou ainda que a convocação do ministro Mercadante se deu unicamente pela falta de comprometimento de outros órgãos, convocados anteriormente pela comissão, em prestar esclarecimentos.
“Antes de solicitar a vinda do ministro, pedimos que a Petrobras e outros órgãos mais ligados ao tema viessem aqui, porém eles se omitem, se escondem. Os esclarecimentos que o ministro trouxe obviamente não são suficientes. Por isso, volto a dizer: nós precisamos é que a Petrobras pare de sangrar, pare de ficar estática e passe a produzir, passe a comandar o desenvolvimento nessa área dos estaleiros, da construção de navios e plataformas”, concluiu Passarinho.
Demétrius Crispim