Audiência pública realizada pela Comissão de Minas e Energia (CME) nesta terça-feira (11), ouviu o presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco. Os parlamentares debateram as diversas áreas de atuação da Petrobras. Entre os temas estava a produção do biocombustível. O deputado Joaquim Passarinho (PA) pediu esclarecimentos sobre quais seriam os planos da estatal para os produtores de palma paraenses.
“Vi no site da Petrobras que não haverá mais investimentos em produção de biocombustível no país. No meu estado, houve incentivo da própria estatal para que empresas plantassem palma para produzir esse combustível sustentável. Como ficam essas empresas que acreditaram e investiram no biocombustível da Petrobras?”, questionou Passarinho.
Segundo Roberto Castello Branco, houve perda de investimentos no biocombustível da Petrobrás. “A cidade do Carajás, no Pará, é o mais rico em recursos minerais em todo mundo, mas tivemos uma experiência muito ruim em biocombustíveis o que gerou muitas perdas de investimentos. Colocamos esses ativos à venda e temos esperança de encontrar um comprador que conheça melhor esta modalidade de negócio e dê continuidade nos investimentos na região”, disse.
Petróleo
Outro tema destacado por Passarinho é sobre restrições de exploração de petróleo nas áreas de corais na Costa de Salinas. De acordo com o presidente da estatal, o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama ainda estão fazendo estudos de impacto ambiental na região.
“A expectativa é de boas reservas de petróleo na região da bacia da margem equatorial, mas a Petrobrás tinha vários investimentos internacionais sem nenhuma estratégia, com perdas grandes em vários locais do mundo. A estatal vendeu esses ativos e atualmente ainda existem poucos à venda, como uma rede de postos na Colômbia, outra no Uruguai, uns ativos pequenos na Argentina e outros no Golfo do México”, explicou Castello Branco.
Diane Lourenço