Deputado Ricardo Izar (SP) – Foto: Cláudio Araújo
O aumento de casos de leishmaniose em determinadas regiões do país pode estar relacionada ao gasoduto Brasil-Bolívia. A suspeita levou o deputado Ricardo Izar (SP) a apresentar o Requerimento 98/15 à CPI que apura casos de maus-tratos a animais, para realização de audiência pública sobre o tema. O colegiado aprovou a realização da reunião, nesta terça-feira (22).
“Para que providências sejam tomadas, precisamos esclarecer os fatos. Esse gasoduto percorre 2.593 km em solo brasileiro. O impacto ambiental é o principal fator da migração do mosquito transmissor da leishmaniose visceral, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. Nessas áreas os casos da contaminação crescem a cada ano. Acreditamos que isso seja reflexo das obras, que provocam desmatamentos significativos e surtos de enfermidades também como a malária”, afirmou Izar.
Outra iniciativa do parlamentar, aprovada pela CPI, é a discussão sobre o tráfico de animais silvestres e a destinação deles após a apreensão (Requerimento 94/15). O coordenador de Operações do Ibama, Roberto Cabral, foi convidado para o debate.
“O Brasil é alvo de traficantes da fauna silvestre devido à sua biodiversidade. Esses criminosos movimentam cerca de US$ 20 bilhões com o comércio ilegal. A atividade representa a terceira maior ação ilícita do país. Perde apenas para o tráfico de drogas e de armas”, justificou Izar.
Já o deputado Goulart (SP) acrescentou testemunhas à audiência que vai debater sobre o papel dos zoológicos e aquários na importação de animais exóticos (Requerimento 95/15). “As condições de manejo e maus-tratos observados, por exemplo, na importação dos ursos polares Peregrino e Aurora, da Rússia, para exposição em São Paulo, precisam ser analisadas.”
Para a reunião foram convidados a presidente da Sociedade Paulista de Zoológicos, Mara Cristina Marques; a representante da Comissão de Bem-Estar Animal, Cristiane Schilbach; e a diretora-técnica do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu (SC), Yara de Melo Barros.
As audiências ainda não têm data agendada.
Carola Ribeiro