O deputado Ricardo Izar (SP), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga casos de maus-tratos a animais, defendeu, nesta quinta-feira (3), assistência veterinária a animais que se envolvem em acidentes de trânsito.
O colegiado ouviu o inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Reges Ramos, de Rondônia, que protagonizou uma cena de sacrifício a um cavalo às margens de uma rodovia. No vídeo, ele dispara uma arma de fogo três vezes contra o animal que acabara de ser atropelado.
“Embora o policial rodoviário tenha afirmado aqui que o sacrifício era a única forma de cessar o seu sofrimento, sabemos que temos casos em que é possível recuperar o animal vítima de atropelamento ou qualquer outro acidente”, afirmou.
Na CPI, Ramos disse que é técnico em agropecuária e que tomou todas as providências legais para sacrificar o animal. “Usei de meios técnicos para acabar com o sofrimento do animal. Na situação em que estava, agonizaria por mais três ou quatro horas antes de morrer.”
Izar deve sugerir ao relator da CPI que os estados possam firmar parcerias ou até mesmo convênios com clínicas veterinárias para realizar este tipo de atendimento de urgência, principalmente, às margens de rodovias.
O parlamentar é também autor do PLC 116/14, em tramitação no Senado, que autoriza o policial, em caso de acidente de trânsito, a ordenar a remoção imediata de animais que tenham sofrido lesões ou ferimentos, independente da realização de exames.
Nesta quarta-feira (2), o Plenário aprovou ainda a prorrogação dos trabalhos da CPI por mais 20 dias. O novo prazo passa a valer a partir do dia 4 de dezembro.
Renan Bortoletto