A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que trata dos maus-tratos a animais ouviu, nesta terça-feira (29), a coordenadora de Fauna Silvestre, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Iria de Souza Pinto. O objetivo foi discutir a atual situação do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), situado em Seropédica (RJ).
A coordenadora explicou que uma das principais dificuldades vividas pelo centro é o fato de a legislação não ser clara no que se refere aos maus-tratos desses tipos de animais. “O resultado das investigações desta CPI será muito importante no nosso trabalho que trata do tráfico de animais silvestres no Brasil, mas ainda precisamos de mais investimentos financeiros e tecnológicos por parte do Estado”.
De acordo com o presidente do colegiado, deputado Ricardo Izar (SP), a falta de recursos e os graves problemas enfrentados pelo instituto são preocupantes. “Infelizmente, o Ibama passa por uma grave crise que afeta diretamente o trabalho realizado pelo Cetas e nos cuidados dos santuários que funcionam como habitat desses animais”, afirmou.
Na tentativa de encontrar uma solução, Izar propôs a adoção de medidas para amenizar os resultados negativos que foram expostos. “A CPI pode pedir inclusão no orçamento de mais recursos para que o Ibama possa cuidar melhor dos animais silvestres e selvagens”.
Bruna Marques