“Os parlamentares precisam se atentar que os ativistas têm voz e voto”. A afirmação foi feita, nesta quarta-feira (19), pelo deputado Ricardo Izar (SP), presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Animais, com intenção de alertar os demais deputados sobre a importância da causa para a sociedade civil.
“Já demos um grande passo que foi conseguir colocar na pauta quatro projetos. Primeiro a CPI dos Maus Tratos, que vai investigar todo tipo de crime contra os animais. Vamos também apreciar os projetos que proíbem a utilização de animais em testes de cosméticos, vamos regulamentar a castração de cães e gatos e mudar a natureza jurídica dos animais, eles deixam de ser ‘coisa’ e ganham o status de sujeito de direito”, disse Izar.
A presidente da Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda), Silvana Andrade, compartilha a opinião de Izar e reforça que “prisão e multas altas por violência contra animais podem ser a saída para que os agressores reflitam sobre suas crueldades. Para ela, a não punição é um grande incentivador dos crime cometidos”.
Uma das responsáveis pela mobilização, a ativista paulista, Priscila Ruiz, declarou que o acampamento foi imprescindível para “retirar da gaveta” as leis em defesa dos animais. “Estamos lutando há anos para que essas leis sejam assinadas. Tenho certeza de que por meio desse evento, que reunimos pessoas de todos os estados, nós vamos conseguir acabar com todo tipo de maus tratos animais, desde a proibição do uso deles em circo, testes cosméticos, filmes pornôs até a alteração de objeto para sujeito no Código Civil”, disse.
Carola Ribeiro