O Grupo de Trabalho (GT) criado para apresentar propostas para a reforma política aprovou, nesta quinta-feira (17), o sistema de votação para deputados federais. A proposta mantém o cálculo proporcional, mas prevê a divisão dos estados em regiões menores para efeitos eleitorais. Nesse caso, os candidatos serão votados apenas dentro das regiões que pretendem representar.
O deputado Guilherme Campos (SP), ex-líder do PSD e representante do partido no grupo, ressaltou o aspecto positivo da mudança. “Nessa proposta você limita a área de atuação eleitoral de cada um dos candidatos e o aproxima do eleitor”, afirmou.
A proposta acatou ainda sugestão apresentada pelo parlamentar para o cálculo da sobra de vagas do sistema proporcional. “Nesse caso, as sobras do processo eleitoral seriam destinadas aos deputados mais bem votados, independente de seu partido alcançar ou não o coeficiente eleitoral”, explicou Campos.
Os deputados também debateram o financiamento de campanha. Foram apresentadas propostas de financiamento exclusivamente público, misto e misto com limite nos valores das doações. Também foi questionada a validade das doações feitas por pessoas físicas.
“O consenso, na bancada do PSD, é por uma proposta parecida com o sistema atual, que é o misto. Hoje, temos um misto disfarçado. A propaganda gratuita de TV, por exemplo, garante às emissoras uma contrapartida fiscal por parte do governo. É preciso trazer à luz tudo o que for gasto tanto no público quanto no privado. Sou favorável a transparência em todo tipo de campanha política. Todos devem saber a origem dos recursos e como foi aplicado”, disse Campos.
Ficou acordado que as propostas sobre financiamento de campanha serão votadas na próxima semana.
Verônica Gomes