A criação de uma política nacional do gás foi discutida em reunião entre representantes do Fórum do Gás e de setores da indústria e deputados da Comissão de Minas e Energia (CME), nesta terça-feira (5). A reunião, conduzida pelo presidente do Colegiado, deputado Geraldo Thadeu (MG), tratou, principalmente, da situação do preço e falta de competitividade do setor.
“Há um grande descontentamento com o atual preço do gás. Este mês o desconto praticado foi reduzido, nos afetando profundamente. O mercado já sofre o suficiente com outras questões, para aguentar esse reajuste”, afirmou o coordenador do Fórum, Paulo Pedrosa.
Augusto Salomon, presidente-executivo da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) listou as principais demandas do setor. “Primeiro, precisamos incentivar o aumento da produção. Não podemos fomentar a concorrência sem ter o gás de fato sendo ofertado. Depois é importante dar segurança ao investidor de que o gás chegará de forma competitiva ao consumidor final”.
Salomon ainda destacou a importância da isonomia entre as diferentes fontes de energia. “O que o governo precisa é estabelecer uma política energética no país para que não haja penalização de alguns segmentos em detrimento de outros energéticos”, completou.
Durante a reunião ficou definida a elaboração de ofício, em nome do Colegiado, solicitando a ajuda do governo federal para atender as demandas apresentadas. “Vamos encaminhá-lo à presidente Dilma Rousseff, ao Ministério de Minas e Energia e à sociedade, para que todos contribuam nas demandas, dando tranquilidade e segurança ao setor produtivo”, explicou Thadeu.
Jaque Bassetto e Verônica Gomes