Francisco Júnior debate impacto da crise com o ministro Paulo Guedes

Deputado Francisco Júnior debate crise com o ministro Paulo Guedes – Foto: Cláudio Araújo

Deputados e senadores realizaram nesta quinta-feira (30) reunião da comissão mista de acompanhamento das medidas relacionadas ao coronavírus. O colegiado debateu o andamento das ações do governo para o combate da doença com o ministro da Economia Paulo Guedes. O deputado Francisco Júnior (GO), relator do colegiado, pontuou o cenário atual e questionou sobre as ações para os futuros desdobramentos da pandemia.

“Uma das medidas mais onerosas do governo é o auxílio emergencial, que vale apenas por três meses. Suponhamos que se estenda a pandemia, seria possível prorrogar esse pagamento? Está sendo previsto isso pelo governo?”, questionou Francisco Júnior.

Paulo Guedes elogiou os questionamentos apresentados pelo relator e confirmou que quando os recursos para as microempresas foram liberados por meio das linhas de empréstimos, as empresas foram salvas. “Quando percebemos isso, disparamos os empréstimos focalizados e é isso que está sendo elogiado lá fora. Serão cinco milhões de empregos preservados por meio do crédito. Então está funcionando, apesar da crítica de não chegar lá na ponta. Enquanto isso, nos Estados Unidos, 26 milhões foram mandados para fora de seus postos de trabalho. Não houve onda maciça de desemprego no mercado formal no Brasil”, disse Guedes.

Francisco Júnior também questionou se os repasses do Ministério da Saúde estão chegando aos municípios, já que há relatos de secretarias com dificuldade de acesso aos EPIs (Equipamento de Proteção Individual).
“Se não houvesse essa rede descentralizada do sistema de saúde, os recursos não chegariam até às regiões. Para o dinheiro chegar na ponta defendemos essa descentralizada de recursos”, disse o ministro.

O colegiado foi criado para acompanhar os gastos e as medidas tomadas pelo Poder Executivo no enfrentamento à pandemia. A previsão é que a comissão especial mista encerre os trabalhos até dezembro deste ano, quando acaba a vigência da decretação do estado de calamidade pública no país.

Diane Lourenço

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