O vice-presidente Michel Temer concordou nesta quarta-feira (27) que, caso assuma interinamente a Presidência da República, o Ministério da Agricultura seja comandado por um nome do setor agropecuário que tenha boa interlocução com entidades da área.
Em encontro com a bancada ruralista e com associações do setor, o peemedebista avaliou, segundo relatos de presentes, que a pasta deverá ter maior independência e protagonismo na gestão federal e considerou a necessidade da criação de mecanismos para diminuir o risco de invasão de propriedades privadas.
“Ele terminou a reunião dizendo que na bandeira brasileira a ordem está na frente do progresso. Primeiro vem a ordem e depois vem o progresso”, disse o líder da bancada rural, Marcos Montes (PSD-MG).
Segundo o deputado federal, o peemedebista, no entanto, não detalhou que iniciativas poderiam ser adotadas ou que nomes têm avaliado para o posto. Ás vésperas da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, o grupo do vice-presidente chegou a acenar a possibilidade acenou a pasta para o PRB.
“Queremos que o ministro seja aderente à classe. Não adianta colocar um nome que não agrade o senhor”, disse o presidente da CNA (Confederação Nacional da Agricultura), João Martins.
Para ele, o vice-presidente terá de mostrar em um prazo de dois meses, caso assuma interinamente o cargo, que fará uma mudança profunda no país.