Atendendo ao requerimento 73/15, do deputado Fábio Mitidieri (SE), a Comissão de Esporte (CESPO) realizou, nesta quarta-feira (2), audiência pública que discutiu as condições da Baía de Guanabara para a realização das competições aquáticas nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.
Para Mitidieri, a questão do tratamento do esgoto jogado na baía é preocupante e é necessário ligar o botão de alerta. “O governo do Rio de Janeiro prometeu tratar 80% do esgoto que desagua no local, mas admitiu que a meta não será atingida, tendo alcançado, até o momento, 51% do esgoto tratado”, ressaltou.
O parlamentar acrescentou que essa questão continua sendo uma das mais discutidas em relação aos jogos. “A qualidade da água na baía é uma preocupação constante, por tudo o que vem sendo dito pela imprensa, principalmente porque atletas podem adoecer ou já adoeceram pela falta de saneamento adequado.”
Para o diretor médico do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, João Grangeiro, é necessário ressaltar que as medidas preventivas são sempre necessárias. “Dos 510 atletas que competiram em diversas modalidades, recentemente, nos eventos testes, apenas um contraiu infecção por ingestão da água da baía.”
Grangeiro informou também que, segundo normas internacionais, os atletas devem tomar banho logo após as competições e lavar todo o equipamento utilizado, como forma de prevenção.
O secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola, garantiu que as seis raias de competições serão entregues até o início de 2016. “Teremos plenas condições de realizar todos os jogos de alto nível, em um cenário espetacular, dentro do coração da Cidade Maravilhosa e mostrar a nossa capacidade de organização”.
Também participaram do debate a gerente-geral de Sustentabilidade, Acessibilidade e Legado do Comitê Rio 2016, Tânia Braga; o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), Marcelo Pedroso; e o médico infectologista, Marcos Boulos.
Bruna Marques