Audiência pública proposta pelo deputado Eleuses Paiva (SP) na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara debateu, nessa terça-feira (21), a fusão entre empresas de planos de saúde nacionais e estrangeiras. A venda da Amil para a United Health motivou o deputado a provocar a discussão sobre os procedimentos que permitem a entrada de capital estrangeiro no país.
“As mudanças nas resoluções da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) exatamente durante o período de venda da empresa Amil nos causou estranheza. Precisamos nos manter vigilantes e vamos acompanhar a venda de outras sete empresas adquiridas por capital internacional”, pontuou Eleuses.
Segundo o diretor adjunto da ANS, Leandro Fonseca, a junção de outro controlador não gerou nenhuma mudança na situação das operadoras do grupo Amil. “Elas continuam sujeitas às mesmas normas aplicadas a qualquer operadora que atue no mercado regulado brasileiro”, afirmou.
Para o presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital, a incorporação das operadoras nacionais por empresas estrangeiras provoca uma preocupação legislativa colocada pela Associação dos Trabalhadores da ANS. “Existem confidencialidades, dados referentes ao genoma do povo brasileiro, entre outros dados, que merecem proteção”, alertou Vital.
Emmanuelle Lamounier
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