As medidas de contingenciamento dos vírus chikungunya e ebola foram o tema do debate promovido pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), nesta quinta-feira (13). O deputado Eleuses Paiva (SP), vice-líder do PSD, ponderou que os planos de prevenção têm sido aplicados, mas que há necessidade de destinar mais recursos para a área.
“Embora as estratégias do Ministério da Saúde, das secretarias estaduais e demais ministérios e órgãos envolvidos para o contingenciamento desses vírus venham sendo aplicadas, o parlamento pode ajudar com leis que destinem mais recursos para a saúde e, mais que isso, regulamentem a gestão dessas verbas. Acredito que o grande desafio é a capacitação de profissionais do setor e a adaptação das estruturas físicas para o tratamento dessas doenças que podem causar epidemias”, afirmou Eleuses.
Cláudio Maierovitch, diretor do Ministério da Saúde, informou que já foram registrados 1.039 casos confirmados de febre chikungunya no país, a maior parte na Bahia e no Amapá. Em relação ao ebola, segundo ele, “a atenção está voltada para os aeroportos internacionais e para triagens nos portos”.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vem realizando estudos que introduzem uma bactéria na genética do mosquito Aedes aegypti que pode neutralizar a propagação do vírus da dengue e da febre chikungunya. Rodrigo Stabeli, vice-presidente de pesquisas da fundação, relatou que o estudo vem demonstrando resultados significativos em outros países. “A intenção não é exterminar os mosquitos, mas impedir a multiplicação dos vírus.”
Combate – De acordo com os palestrantes, as medidas de prevenção do vírus chikungunya são parecidas com as da dengue: não deixar água parada, manter a higiene da casa e do bairro e fazer uso da aplicação de inseticidas.
Carola Ribeiro