Deputados cobram novos critérios para pesquisas de opinião

Deputado Silas Câmara (AM) - Foto: Cláudio Araújo

Deputado Silas Câmara (AM) – Foto: Cláudio Araújo

Os deputados Silas Câmara (AM) e Cesar Souza (SC) defenderam, nesta quarta-feira (13), a necessidade de novos institutos de pesquisa para realizar estudos sobre a opinião pública. As considerações foram feitas em reunião realizada pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), da Presidência da República, Edinho Silva, sobre as ações que serão priorizadas pela pasta, em 2015.

Silas Câmara avaliou que o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística ( Ibope), umas das principais empresas de pesquisa de opinião e audiência de TV, não consegue mensurar de forma real o que pensa a população. O parlamentar explicou que os critérios utilizados pela Secom para destinação de verbas às emissoras, por exemplo, são medidos conforme dados do Instituto.

“Para estabelecer justiça nessas pesquisas não se pode pegar o mesmo instituto de pesquisa e botar nas cinco regiões do Brasil. Ele deve trabalhar no mínimo com dez institutos, cruzando informações para se chegar a dados satisfatórios no que diz respeito à audiência.”

O monopólio do instituto foi duramente criticado por Cesar Souza. “O Ibope faz refém políticos, apresentadores de TV, artistas e até autores de novela. Não deu audiência, a novela termina, o ator é demitido e por aí vai. Tive conhecimento de que um novo instituto de pesquisa está chegando ao Brasil e espero que realize pesquisas com detalhes mais técnicos. Particularmente, também vejo a necessidade de uma terceira empresa para balizar os dados.”

Sobre o controle de conteúdo, questionado por Souza, o ministro Edinho Silva acredita que as mídias regionais se fortalecem cada vez mais por meio da internet e que a sociedade está mudando os critérios para se informar.

Orçamento

O ministro informou que o orçamento para a publicidade deste ano será de R$ 150 milhões, mas que, devido aos cortes fiscais realizado pelo governo, o valor pode ser reduzido. O deputado Silas Câmara acredita que 35% deste valor deve ser destinado para redes de TVs regionais. “O ministro disse que 15% do orçamento vai para mídias sociais. Sobrou, então, 85% e, seguindo uma linha de corte, 50% poderia ser destinado para as grandes redes e 35% para as redes regionais e pequenas redes. Se ele não fizer isso, não vai estabelecer justiça nunca”, pontuou Silas.

Carola Ribeiro

 

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