A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (2015) do IBGE mostrou que menos de 40% da população brasileira pratica algum esporte. O argumento da maioria dos entrevistados é a falta de tempo ou o desinteresse por esportes.
Duas razões levam as pessoas a se exercitarem: a necessidade ou o amor pela prática esportiva. Em outro patamar estão os atletas profissionais. São aqueles que de tanto amor resolvem fazer do esporte a sua profissão. E escolher viver do esporte, no Brasil, não é uma escolha fácil.
Atualmente, há no país 8368 atletas profissionais empregados formalmente, com uma renda média mensal de R$ 2.000,00 (DataViva 2014). A pesquisa mostra que os maiores recursos estão concentrados em uma pequena parcela desses atletas (3,5%), que tem um salário superior a 25 mil reais – composto, em sua maioria, por jogadores de futebol.
Isso mostra que ser atleta profissional no Brasil é ser um herói. Para comemorar a escolha desses guerreiros, o Brasil homenageia todo dia 10 de fevereiro o atleta profissional. No PSD há deputados que trabalham em defesa do esporte e dos atletas, buscando aprimorar leis e criar outras que deem condições de trabalho a esses profissionais.
Fábio Mitidieri (SE)
“A maior parte dos atletas nacionais não dispõem de condições financeiras para custear os elevados investimentos que os esportes de alto rendimento exigem e esse custo é ainda maior no caso de pessoas com deficiência”, disse Mitidieri.
Ele apresentou o Projeto de Lei (PL) 4705/16 que isenta de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação para atletas com deficiência, na compra de materiais esportivos.
Mitidieri, que tem no esporte a principal bandeira de luta, foi relator de duas importantes propostas na Câmara: uma foi aprovada na Comissão do Esporte e prevê ajuda financeira aos atletas de alto rendimento em formação (PL 6.035/16). “Com isso, atletas olímpicos e paralímpicos poderão receber um incentivo para se dedicarem por mais tempo ao esporte.”
O outro é um parecer favorável, aprovado também na Comissão do Esporte (CESPO), ao projeto que destina 2% da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o valor da arrecadação dos direitos de transmissão de imagem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para fomentar o futebol feminino (PL 331/15).
Evandro Roman (PR)
O parlamentar foi o presidente da Comissão Mista que analisou a Medida Provisória que modifica a divisão dos recursos da loteria federal. Originalmente esses recursos deveriam ser destinados ao esporte e a formação de atletas (MP 846/18). Mas, o governo modificou a regra destinando a maior parte dos recursos para a segurança pública.
O trabalho de Evandro Roman à frente da Comissão foi fundamental para garantir que parte do recurso continuasse sendo investido em esporte. “Essa medida foi criada para sanear parte da segurança pública. Todas as demais (áreas) – como o esporte, que é uma bandeira que eu defendo muito – vieram depois, em um trabalho que foi muito bem discutido com todos os ministérios”.
O texto por fim aprovado estabelece a destinação de cerca de R$ 1 bilhão para a segurança pública; R$ 630 milhões para o esporte e R$ 412 milhões para a cultura, dos recursos da loteria.
Danrlei de Deus (RS)
O deputado Danrlei de Deus (RS) apresentou na Câmara proposta que obriga a instalação de aparelhos de identificação biométrica em estádios esportivos espalhados pelo país (PL 10089/18). Segundo o parlamentar, o objetivo é reconhecer torcedores impedidos judicialmente de frequentar estes lugares.
Manu Nunes