Deputado Homero Pereira - PSD/MT (Foto: Heleno Rezende)
Durante toda a tarde de hoje (7), muitos deputados do PSD estiveram presentes na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural que realizou uma audiência pública sobre a cadeia produtiva de bovinocultura de corte. Um dos pontos centrais da reunião foi o questionamento ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre a dificuldade ao acesso de frigoríficos de médio porte às linhas de financiamento do banco o que, segundo o deputado Homero Pereira (PSD-MT), que solicitou a audiência, ocasiona uma concentração de indústrias frigoríficas nas mãos de poucos grupos empresariais.
O deputado ressaltou que o propósito do encontro é cumprir uma agenda positiva e com transparência para facilitar o diálogo. Pereira afirmou ainda que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) investiga a concentração de vendas por parte da JBS- Friboi. “Estamos aqui para estimular a concorrência e facilitar a legislação para os pequenos produtores. A lei da oferta e da procura não será revogada. Temos que estimular a produção”.
Para o deputado Moreira Mendes (PSD-RO), “o BNDES se preocupa muito com o grande e não se preocupa com o pequeno”. Mendes ainda declarou perceber uma “falta de determinação e de vontade política do governo federal em entender a importância da cadeia produtiva brasileira”.
Sobre as desconfianças levantadas no debate, o representante do banco, André Gustavo Salcedo, foi conciso e disse que é clara a relação de crédito com a análise de classificação de risco feita pela instituição financeira.
Já o presidente do grupo JBS – Friboi, Wesley Mendonça, não concorda com o monopólio citado e defendeu a criação de um fundo para investir na geração de demandas no setor da bovinocultura.
O deputado Marcos Montes (PSD-MG) entende que o custo depende exclusivamente de políticas governamentais que possam dar mais condições ao produtor rural atingindo um custo que seja compatível com o seu mercado de venda. “Ainda estamos ainda engatinhando nas ações que possam proteger o produtor rural que é o setor que tem segurado esse país”.
A alta carga tributária foi um tema de concordância unânime entre todos os participantes da audiência. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumo Honda, os supermercados respondem a 50% das vendas de carne no Brasil. Ele destacou a falta de isonomia no PIS/Cofins no impacto no mercado. Ele citou que o setor de carnes fatura R$ 224 bilhões e representa 5,5% do PIB nacional, além de gerar um milhão de empregos diretos.
Da Redação
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