Os deputados do PSD, vice-líder Joaquim Passarinho (PA) e Delegado Éder Mauro (PA) avaliam que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) precisa avançar com celeridade. Ambos os parlamentares estiveram presentes à sessão da CPI desta terça-feira (29) que ouviu em audiência pública o delegado da Polícia Federal, Marlon dos Santos.
O delegado é responsável pela Operação Zelotes, que investiga um esquema de manipulação de decisões do Carf a partir do recebimento de propinas, com o objetivo de reduzir a cobrança de impostos e multas a empresas.
Em sua exposição, Marlon dos Santos ressaltou que o modelo operacional do Carf é um “convite à corrupção”. Segundo o delegado, a estrutura do órgão é ineficiente, burocrática e pouco transparente e estava submissa a interesses políticos e conflitos.
Para Joaquim Passarinho, a comissão precisa adotar as medidas necessárias para ter acesso aos dados de inquéritos sigilosos e informações já levantadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público para ganhar tempo e poder trabalhar com mais eficiência.
“O trabalho até aqui está morno por conta de informações que não chegam. Se começarmos a levantar dados só agora, não iremos a lugar algum e será mais uma CPI morta”, observou o parlamentar.
Éder Mauro, por sua vez, destacou que a PF tem trabalhado a contento, mas que a CPI precisa avançar para ter maior efetividade. “A CPI está, num primeiro momento, ouvindo as pessoas que participaram das investigações. Creio que ela alcançará um objetivo maior a partir do momento em que ouvirmos os implicados nos processos. Com isso, estaremos de fato dando nossa contribuição para que esse dinheiro possa ser devolvido aos cofres públicos”.
Demétrius Crispim