A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga crimes cibernéticos ouviu em audiência pública, nesta quinta-feira (25), o diretor de assuntos governamentais da Volkswagen, Antônio Megale, sobre a polêmica dos carros com motores a diesel equipados com um chip que adultera os resultados de testes de verificação do nível de emissão de poluentes dos veículos. O deputado Delegado Éder Mauro (PA) cobrou transparência no acompanhamento do caso.
“A população brasileira não pode ser enganada em uma questão que envolve saúde pública, em um erro grave cometido por uma empresa do porte da Volkswagen. O processo deve ser transparente até que o problema seja solucionado definitivamente”, defendeu o parlamentar. Segundo o executivo da empresa, 17 mil veículos modelo Amarok, comercializados entre 2011 e 2012, circulam no Brasil equipados com o software, considerado ilegal pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Megale afirmou à Comissão que, tão logo o caso foi noticiado no exterior, a Volkswagen Brasil procurou o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para se colocar à disposição de quaisquer procedimentos de investigação e ressaltou que a substituição do softwares será feita por meio de recall, tão logo seja finalizado o desenvolvimento do novo programa, ainda neste primeiro trimestre de 2016.
Demétrius Crispim