Em atendimento ao Requerimento 327/12, do deputado Danrlei de Deus (RS), a Comissão de Turismo e Desporto (CTD) discutiu, nesta terça-feira (3), o papel do Superior Tribunal de Justiça Desportiva e da arbitragem no futebol brasileiro.
O debate reforçou o posicionamento do parlamentar quanto à necessidade de independência dos árbitros. Na avaliação de Danrlei, a arbitragem brasileira precisa ter sua própria confederação e federação nos estados e, assim, deixar a cargo dessas entidades todo o amparo profissional que a categoria necessita. “É preciso dar vida própria à arbitragem brasileira, tirar das asas da CBF, para que o espetáculo seja cada vez melhor ” ressaltou.
O presidente da Associação Nacional de Árbitros de Futebol, Marco Antônio Martins, presente no debate, pontuou que a sanção da Lei 12.867/13 criou a figura jurídica do árbitro, que antes não existia, mas não trouxe segurança de direitos. Segundo ele, há casos em que árbitros não recebem e ainda precisam tirar dinheiro do próprio bolso para apitar as partidas.
“Geralmente quem remunera são as federações e os clubes, mas existem times da série C e D sem a menor condição financeira de arcar com as despesas, que entram e saem do campeonato sem pagar as taxas de arbitragem”, relatou Marco Antônio.
Para Danrlei, o fato é grave e deve ser punido. “Não é praxe, e é preciso averiguar”. finalizou.
Danielle Marques