“Precisamos de gestões mais sérias nos clubes de futebol. A partir do momento que o clube paga corretamente seus impostos, a questão salarial dos atletas, a contrapartida social com o investimento nas categorias de base, e o limite de gastos estarão sob controle”.
A afirmação é do deputado Danrlei de Deus (RS), terceiro vice-presidente da comissão especial que analisa o Projeto de Lei 6.753/13 sobre o Programa de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos, chamado de Proforte.
Em audiência pública realizada nesta quarta-feira (12) o especialista em Marketing e Gestão Esportiva, Amir Somoggi, esclareceu que as dívidas das agremiações de futebol se dão devido à inadimplência no pagamento de Imposto de Renda e na declaração do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos atletas. “As dívidas dos clubes chegam a 40%. É muita coisa quando estamos falando em milhões. Não adianta ganhar mais, se as dívidas crescem junto”, pontuou Danrlei.
O parlamentar destacou ainda a importância da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no processo de fiscalização e estímulo para pequenos, médios e grandes clubes. “A CBF não tem só que ganhar o seu percentual com o futebol. Ela precisa, de alguma forma, investir mais. Não só nos clubes que trazem renda e público, mas nos mais de 600 agremiações esportivas do país que estão acabando porque não conseguem sequer pagar luz e água de sua sede”, frisou o parlamentar.
Carola Ribeiro