Danrlei defende práticas esportivas para reduzir número de obesos

Deputado Danrlei de Deus (RS) - Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

Deputado Danrlei de Deus (RS) – Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados

“Queremos um Brasil forte em diversas modalidades esportivas, conquistando medalhas nas principais competições internacionais. O mais importante, no entanto, é ter uma população saudável, praticando esportes para melhorar a qualidade de vida e evitar doenças que se originam a partir de uma vida sedentária.”

A afirmativa do vice-líder do PSD, deputado Danrlei de Deus (RS), foi feita durante pronunciamento em grande expediente, no Plenário da Câmara, nesta quarta-feira (15). Danrlei lembrou que o país está voltado para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos que vão acontecer no Rio de Janeiro, em 2016, mas que o foco real deveria ser a defesa da saúde dos brasileiros.

“O ministro do Esporte, George Hilton, esteve aqui na última semana e antecipou dados de um estudo da Pasta, apontando que 45% da população brasileira não pratica nenhum tipo de atividade física. Outra pesquisa, de 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicou que 50% da população masculina e 48% da feminina está acima do peso e mais 12% e 17%, respectivamente, são considerados obesos. Devo concluir que apenas 35% da população brasileira têm o peso ideal. Esse não é o país esportivo que queremos”, avaliou o parlamentar.

Os dados, segundo Danrlei, se estendem às escolas públicas e privadas. O parlamentar criticou a retirada da disciplina da grade curricular. “Em muitas escolas a educação física não é mais obrigatória. Isso tem que mudar. A proporção de estudantes das instituições públicas que tiveram dois dias ou mais de aulas de educação física é de 50,6%. Significa que metade das escolas brasileiras oferecem a educação física apenas uma vez por semana, quando muito.”

Ao concluir, Danrlei disse que, como presidente da Subcomissão Especial do Plano Nacional do Desporto, vai se empenhar para estabelecer claramente os papeis do Ministério do Esporte, das secretarias estaduais e municipais na execução dos programas esportivos. De acordo com ele, até o final do ano, o colegiado vai entregar documento com as sugestões ao Conselho Nacional do Esporte.

“Antes de falarmos em novos recursos está na hora de darmos início a um projeto de longo prazo para o esporte nacional. O que temos hoje é uma concentração do financiamento, por meio de recursos públicos, de loterias e patrocínios estatais, no esporte de alto rendimento e uma indefinição de competências de seus diferentes entes. Sem definir quem faz o quê, não podemos estabelecer prioridades, metas ou objetivos.”

Carola Ribeiro

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