A CPMI do Cachoeira aprovou, nesta terça-feira (18), o relatório apresentado pelo deputado Luiz Pitiman (PMDB-DF).
Os deputados federais do PSD Armando Vergílio (GO) e César Halum (TO) e os senadores do partido Sérgio Petecão (AC) e Marco Antônio (TO) votaram contra o deputado de Odair Cunha (PT-MG), por acreditar que a comissão foi “politizada”.
“A CPMI começou errada. Em minha opinião, ficou configurada a existência de uma chapa branca ou, porque não dizer, a politização desse colegiado”, afirmou Halum.
O relatório de Pitiman remete todo o material coletado pela CPMI, inclusive as quebras de sigilo bancário, fiscal e telefônico, ao Ministério Público, o que, na opinião de Halum, fortalece a continuação das investigações, “por meio do Ministério Público Federal, da Procuradoria Geral e da própria Polícia Federal”.
Armando Vergílio (PSD-GO) foi na mesma linha. “Esse voto em separado reúne totais condições de expressar o pensamento desta CPMI. Ele avança em busca de mais investigação, agora por parte do Ministério Público e da Polícia Federal”, disse.
Ainda de acordo com Armando Vergílio, o relatório de Odair Cunha se transformou em uma “autêntica colcha de retalhos, tanto que foi alterado. E tem mais, o material coletado por ele não se perderá, pois será encaminhado as duas instâncias superiores para as devidas investigações”.
O relatório de Odair Cunha propunha o indiciamento de 29 pessoas e a responsabilização de outras 12 por participar ou se envolver criminosamente com a quadrilha comandada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, entre eles o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e o senador cassado Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Da Redação