Correio Braziliense | Eixo capital

Ana maria campos/anacampos.df@dabr.com.br

Bancada bem distante de Rollemberg

A bancada do DF no Congresso não tem demonstrado muito interesse em se reunir para discutir projetos comuns. Na última reunião, há duas semanas, convocada pelo coordenador, Izalci Lucas (PSDB-DF), só apareceu o senador Hélio José (PMDB-DF). É cada um por si. E não há muita disposição em ajudar o governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Dos oito deputados, apenas Rogério Rosso (PSD) é da base. Mas tem se mantido distante. Os demais têm trabalhado projetos na oposição. Entre os senadores, Cristovam Buarque (PPS) e José Antônio Reguffe (sem partido) estão em busca de caminho próprio, apesar de terem participado da coligação eleitoral que elegeu o atual governo. Já Hélio José, que chegou aoSenado por ser suplente de Rollemberg, migrou para o PMDB e costuma se aproximar apenas com interesses em cargos.

Sem apetite

Estava marcado para ontem o almoço do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) com os deputados e senadores do DF. Mas na última hora o coordenador da bancada, Izalci Lucas (PSDB-DF), decidiu cancelar o compromisso. O tucano, que tem feito inserções criticando o atual governo, ficou incomodado com os rumores de que parlamentares estariam pleiteando cargos na equipe de Rollemberg. O secretário adjunto de Relações Institucionais, Igor Tokarski, disse que o governador está aberto para receber a bancada e que o cancelamento partiu do próprio Izalci.

Pauta em Aracaju

Vão sair por R$ 11.799,38 as diárias para quatro deputados e um servidor passarem dois dias em Aracaju (SE), em conferência da Unale (União dos Legislativos Estaduais) de hoje até sexta-feira, fora passagem. A semana vai ser vazia nas sessões da Câmara Legislativa.

Será que pode?

A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) da Câmara Legislativa vai analisar um projeto de lei que obriga taxistas a oferecerem a opção de pagar o valor da corrida por meio eletrônico. Pela proposta, o taxista que não disponibilizar equipamento de cartão bancário cometerá infração grave. A iniciativa é do distrital Bispo Renato (PR). No caso do comércio, segundo o Procon, nenhum estabelecimento é obrigado a aceitar cartão, desde que informe a restrição aos clientes.

Recurso na pauta

O Superior Tribunal de Justiça vai julgar amanhã processo envolvendo o ex-vice-governador Paulo Octávio que tenta paralisar a ação de improbidade administrativa impetrada contra ele pelo Ministério Público do DF, em ação da Operação Caixa de Pandora. O relator é o ministro Napoleão Nunes Maia Filho (foto).

Sem salário

O agente Luiz Cláudio Nogueira de Souza já estava com os salários suspensos pela Polícia Civil do DF, mesmo antes de sua demissão oficializada ontem pelo governador Rodrigo Rollemberg. Ele teve a remuneração suspensa por causa da prisão, decretada em 2013, em razão da condenação pelo crime de extorsão. O ex-policial entrou com uma ação, mas a Justiça negou o restabelecimento dos vencimentos, em decisão de fevereiro.

Caso de família

A Câmara Legislativa recebeu mais um projeto de lei em que um distrital quer homenagear correligionário com título de cidadão honorário. O último foi proposto por Rafael Prudente (PMDB). Ele pretende conceder a honraria ao ex-distrital Odilon Aires, filiado ao PMDB do DF desde 1986. É o caso de filho de político condenado por improbidade na Caixa de Pandora que quer homenagear outro ex-deputado envolvido no escândalo.

“Escárnio com a sociedade”

A 2ª Vara de Fazenda Pública rejeitou os embargos de declaração apresentados pelo ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente contra a condenação por improbidade administrativa. Para a juíza Francisca Danielle Vieira Rolim, o ex-distrital, flagrado guardando dinheiro nas meias, apresentou o recurso interessado “apenas em protelar o transcurso regular do processo”. A magistrada fez duríssimas críticas ao comportamento de Prudente. Para ela, “o réu se deixou guiar unicamente pelos seus próprios interesses, na medida em que se posicionava enquanto legislador unicamente baseado em pagamentos que lhes fossem direcionados — seu apoio ou não a determinado projeto de lei, dependia do pagamento de propina”. A juíza disse que a atitude do ex-distrital representou “um ato de escárnio com a sociedade”. A decisão foi publicada ontem.

A pergunta que não quer calar….

Por onde anda o vice-governador Renato Santana (PSD)?

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