Ana maria campos — anacampos.df@dadf.com.br
Ministro ou assessor palaciano
O ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB-DF) acompanhou a votação do impeachment no Palácio do Jaburu ao lado de Michel Temer e outros peemedebistas, como Eliseu Padilha, Romero Jucá e Sandro Mabel. “Não houve surpresas. Tudo dentro do previsto”, comentou à coluna, quando o placar estava com 258 votos favoráveis e 83 contrários. No petit comité, nada de jantar e vinho. Foi servido apenas água e suco de cajá-manga. Muita gente ligou para Filippelli ontem para dizer: “Parabéns, ministro!” Se Temer assumir a presidência, Filippelli será, no mínimo, alto funcionário do Palácio do Planalto.
Decisão polêmica, mas acertada
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) estava convencido ontem de que, apesar da polêmica, tomou a decisão acertada ao autorizar a instalação do muro na Esplanada dos Ministérios. Até o fim da votação tudo correu bem. Ele, no entanto, estava apreensivo com a possibilidade de conflito na hora da dispersão, quando os manifestantes voltassem pra casa. “Só quero paz e tranquilidade na nossa cidade”, disse.
Voz rouca
Conhecido pela contundência com que se expressa, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) estava totalmente sem voz no fim da sessão de ontem. “Estou gritando há três dias”, disse ontem.
Tempo pela metade
O deputado Ronaldo Fonseca (Pros) acabou dando palanque para adversária Érika Kokay (PT), ao citá-la. Foi o primeiro pedido de direito de resposta. Eduardo Cunha quis mostrar isenção e deu um minuto. Mas depois achou muito. Baixou pra 30 segundos.
Segue o mestre
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) passou as últimas semanas em silêncio sobre a posição em relação ao impeachment. Mas o número dois não esconde a posição. “Sigo o Rosso”, disse, citando o padrinho político que presidiu a comissão de impeachment e votou sim.
Sonho com voto
A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), esteve no Congresso para defender o impeachment. “Queria muito votar”, disse. Ela sonha com mandato de deputada federal.
Horário mágico
A sessão que começou no último sábado terminou na madrugada de ontem em horário sugestivo: às 3h42. Quase o número mínimo de votos favoráveis para aprovação da abertura de processo de impeachment contra Dilma Rousseff.
Viva Odorico Paraguassu!
Com a dificuldade de oratória dos nobres deputados federais, circulou nas redes sociais uma homenagem a Odorico Paraguassu, memorável personagem de Dias Gomes.
Irmãos taquígrafos
Os taquígrafos André e Rosane Galvão participaram juntos da histórica sessão na Câmara dos Deputados. No caso de André, servidor da Casa há 25 anos, é a segunda sessão para aprovar impeachment. Ele era novato quando acompanhou o processo de Collor.
Odiado
A equipe de Eduardo Cunha reforçou a segurança do presidente da Câmara em Brasília e no Rio. Ele, que já vinha sendo hostilizado, agora, com a aprovação do impeachment, precisa tomar cuidado.
Tiete
Muitos deputados pediram ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, credenciais para que a mulher, marido e filhos assistissem à sessão histórica. Mas Cunha foi rigoroso. Se cada parlamentar levasse um parente, a sessão seria um caos. Rogério Rosso, no entanto, conseguiu levar a mulher, Karina Rosso. Vestida de verde e amarelo, ela filmou o discurso do marido. “Ele foi super bem, né?”, tietou no fim.
Voto sim
Secretário de Planejamento de Marconi Perillo, Thiago Peixoto, reassumiu o mandato para votar sim. Retorna nesta semana para Goiás.