O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, presidido pelo deputado Ricardo Izar (SP), instaurou, nesta quarta-feira (9), processo disciplinar para apurar denúncias de envolvimento do deputado André Vargas (PT-PR), primeiro vice-presidente da Câmara, com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. Izar instaurou o processo com base na representação protocolada pelos partidos da oposição PSDB, DEM e PPS.
O presidente indicou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) para relatar o processo. “Escolhi o deputado Júlio pela experiência em casos anteriores [como o do deputado José Dirceu]. Já acordamos para que, no mais tardar, no próximo dia 22 ele apresente o relatório preliminar pela admissibilidade ou não do processo”, justificou Izar.
Segundo ele, caso haja a continuidade do processo após a apresentação do relatório, o objetivo será concluir os trabalhos até o final do mês de maio para que o plenário da Casa possa votar antes do recesso. Pelo regimento, o Colegiado tem prazo de 90 dias úteis, contados a partir de hoje, para emitir parecer.
Izar salientou que as penalidades podem variar de acordo com o relatório. “Pode ser advertência verbal ou escrita, suspensão das prerrogativas parlamentares, suspensão ou perda definitiva do mandato”.
Em entrevista à imprensa, Júlio Delgado declarou que dará celeridade ao processo. “Vou apresentar nos próximos dias o relatório preliminar pela admissibilidade da instauração do processo disciplinar contra o deputado André Vargas. Não vamos fugir.”, afirmou.
Jaque Bassetto