O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar finalizou, nesta terça-feira (29), o prazo de oitivas de testemunhas do processo contra o deputado licenciado André Vargas (sem partido-PR). O relator, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), terá dez dias, regimentais, a partir desta quarta-feira (30), para apresentar seu parecer final. Vargas não compareceu para depor em reunião agendada para esta terça-feira (29).
O presidente do Colegiado, deputado Ricardo Izar (SP), afirmou que a votação do relatório pode ocorrer já na próxima semana. “A instrução probatória acaba hoje, mas se André Vargas quiser falar, terá até sexta-feira (prazo final para resposta de defesa) para ser ouvido. Provavelmente o relator já deve apresentar sua recomendação na próxima reunião. Dependendo do que for recomendado, ele pode perder o mandato ou sofrer uma pena alternativa, como por exemplo, uma advertência verbal, escrita ou suspensão das prerrogativas parlamentares”.
O órgão ouviria também o coordenador operacional da Arquidiocese de Aparecida, Denir Campos, e o consultor jurídico do Ministério da Saúde, Fabrício de Oliveira Braga, também envolvidos no esquema. Eles informaram impossibilidade devido a outros compromissos pré-agendados.
Além da representação do Conselho de Ética, André Vargas responde a processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff, preso na operação Lava-Jato da Polícia Federal no início do ano. O esquema teria movimentado mais de R$ 10 bi.
A próxima reunião está agendada para terça-feira (5).
Carola Ribeiro