Conselho de Ética adia votação de relatório preliminar contra Bethlem

Deputado Ricardo Izar (SP) - Foto: Cláudio Araújo

Após calorosa discussão, os membros do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidiram, nesta terça-feira (11), adiar para a próxima semana a votação do relatório preliminar do processo contra o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ). O representado compareceu ao colegiado para apresentar esclarecimentos e mobilizar os parlamentares para o encerramento do caso.

O presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (SP), reafirmou que o prazo remanescente será insuficiente para dar continuidade à representação. “A tendência é que não teremos tempo para concluí-la. São 90 dias regimentais que a defesa tem para dar andamento aos procedimentos e temos apenas 40 até o término da legislatura. Como ele não se reelegeu, o processo seria arquivado. E, naturalmente não terá a perda de seus direitos políticos.”

Bethlem afirmou que o conteúdo divulgado pela imprensa é inverídico. “A conversa que tive com minha ex-mulher era sobre divórcio e foi manipulada. O texto publicado diz que tenho conta bancária na Suíça. Tenho aqui documentos que comprovam que jamais estive naquele país. Minha ex-mulher está sendo acompanhada por psiquiatras e meus filhos estão sob minha guarda.”

O parlamentar é acusado de suposto recebimento de propina, por meio de organizações não governamentais (ONGs) que mantinham contrato com a prefeitura do Rio de Janeiro na época em que se licenciou para assumir a Secretaria de Assistência Social do estado.

Relatores

Izar também anunciou o nome dos relatores das representações por quebra de decoro dos deputados do PT da Bahia. O relator para o processo contra o deputado Nelson Pellegrino será Wladimir Costa (SD-PA); contra o deputado Rui Costa, Ronaldo Benedet (PMDB-SC); e contra o deputado Afonso Florence, Roberto Teixeira (PP-PE). Os textos preliminares devem ser apresentados na próxima semana.

Os petistas são supostamente acusados de utilizar a ONG Instituto Brasil para desvio de dinheiro. A presidente da organização, Dalva Sele Paiva, denunciou que R$ 50 milhões foram movimentados desde 2004, em esquema que simulava prestação de serviço.

Carola Ribeiro

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