Sob a presidência do deputado Ricardo Izar (SP), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar abriu, nesta quinta-feira (15), dois processos, por quebra de decoro e perda de mandato, contra o deputado Luiz Argôlo (SD-BA), por seu suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava-Jato da Polícia Federal.
As representações em desfavor de Argôlo oriundas da Mesa Diretora, por quebra de decoro, e da Corregedoria da Câmara, para a perda de mandato, podem ser apensadas, segundo Izar. Foram sorteados para analisar as matérias os deputados Cesar Colnago (PSDB-ES), Izalci (PSDB-DF) e Marcos Rogério (PDT-RO). Izar comprometeu-se a conversar com os três e definir, até amanhã (16), quem será o relator da matéria.
“Vou enviar o pedido de apensamento dos processos à Mesa Diretora com o objetivo de dar celeridade ao trâmite. Para os dois processos será eleito um relator, que em 90 dias deverá apresentar o parecer final. Vou conversar com os três sorteados, que são muito competentes, e definir até amanhã, quem assumirá a responsabilidade de formular o parecer desse processo”, informou Izar.
Parlamentares da Bahia e dos partidos Solidariedade (SD) e Partido Progressista (PP) foram impedidos de participar da disputa pela relatoria por pertencerem ao mesmo estado, partido e ex-partido do réu.
Processo Vargas
Após a reunião do Colegiado, Izar informou que o prazo final para que André Vargas (PT-PR) apresente sua defesa encerra-se em 28 de maio. O acusado responde processo no Conselho também por envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. Segundo a acusação, Vargas utilizou um jato particular de Youssef com a família para passar férias, em João Pessoa (PB).
Carola Ribeiro