A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados – presidida pela deputada federal Raquel Muniz (MG) – defendeu, nesta quarta-feira (13), o reconhecimento do forró como patrimônio cultural do Brasil. O processo foi iniciado em 2011, mas está parado por falta de recursos no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A coordenadora do órgão, Marina Duque, lembrou que, para alguma manifestação ser declarada patrimônio nacional, primeiro é preciso fazer um inventário, atividade que está acima da capacidade financeira do Iphan.
“O custo de uma pesquisa antropológica é muito alto para que a gente possa identificar como o forró se desenvolveu em diferentes locais do País. O projeto começou a ficar grande demais e isso inviabilizou os trabalhos”, explicou. “O primeiro orçamento que foi feito para registrar as matrizes tradicionais do forró ficou em torno de R$ 1,5 milhão. O Iphan tem um orçamento na coordenação de identificação e registro de aproximadamente R$ 1 milhão por ano para tratar de inúmeros projetos, ficou completamente inviável.”
Marina Duque elogiou a atuação do Fórum Nacional do Forró, que está angariando verbas e realizando encontros de mobilização, o que demonstra, segundo ela, o interesse da comunidade em prol do registro.
Durante a audiência pública, que reuniu parlamentares, representantes de universidades, mais de 30 grupos de forró e estudiosos do tema, a presidente da comissão, Raquel Muniz se colocou à disposição para reunir forças para conseguir recursos para que o forró se torne, finalmente, patrimônio cultural brasileiro.
Valéria Amaral com informações da Agência Câmara